sexta-feira, 21 de junho de 2013

mia couto (2)

"Vivemos longe de nós, em distante fingimento. Desaparecemo-nos. Porque nos preferimos nessa escuridão interior? Talvez porque o escuro junta as coisas, costura os fios do disperso. No aconchego da noite, o impossível ganha a suposição do visível. Nessa ilusão descansam os nossos fantasmas".

Mia Couto. O pescador cego. Do livro: Cada homem é uma raça.

mia couto

História de um homem é sempre mal contada. Porque a pessoa é, em todo o tempo, ainda nascente. Ninguém segue uma única vida, todos se multiplicam em diversos e transmutáveis homens".

Do conto "O apocalipse privado do tio Geguê", em: Cada homem é uma raça.