sábado, 5 de abril de 2014

diário dos últimos dias - confissões

Energias dispersas. Improdutividades. Dias e dias sem conseguir nada além da sobrevivência básica, biológica, animal. Sem conseguir me mover em direção ao futuro. Vislumbrando as possibilidades e deixando elas (sic) passarem.

Apesar do conselho do horóscopo: tempo de colocar as barbas de molho.

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Como disse a gueixa: família é bom mas absorve demais.

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Conversa boa com velhos guias. Banhos de abô. Limpando, abrindo caminhos, consolidando. Depois disso, sono bom e sonhos reveladores.

Apesar da inércia corporal, o inconsciente girando a mil rpm.

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Recolhimento é a palavra de ordem das últimas semanas. Por quanto tempo? o tempo que for necessário.

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O Professor convidou para o megashow da Marrom e do Martinho da Vila, amanhã, no Parque da Cidade. Adoraria. Mas ando com pânico de multidões. Pânico de encontros. De reuniões com mais de 2 participantes.

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Redescobrindo o Grande Sertão. Pela enésima vez. Como se fosse, sempre, a primeira e única. Riobaldo é o mundo. Diadorim, o sonho.

Lendo Machado para aprender a ser irônico sem perder a elegância jamais.

Meus mestres queridos, corações do meu corpo intelectual e inteiro, vida e origem da minha inspiração.


(Ah, Fernando P., não exageremos!)

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Conversa boa com Madame regada a comedidas cervejas sobre amores incongruentes.

Rir de si mesmo é bom. Mas rir em demasia é desespero. Como disse Cazuza.

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Revejo/revelo preconceitos estéticos idiotas. Sobreviventes por décadas. Assumo gostos renegados. Ouvindo com ouvidos novos / com ouvidos da adolescência perdida / as lindas canções, a linda voz, a poesia bruta nos lindos discos de Milton Nascimento.

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O que eu mais queria agora era ser uma  vaca. Um hipopótamo. Uma girafa na savana. Um elefante. Um elefante marinho seria pedir demais?

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Fazendo hora para esperar o novo amor.

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