Passei o dia espanando a poeira da alma. Parando às vezes para olhar o vento na copa das árvores e as abelhas e as borboletas nas flores da cerca-viva. Havia pássaros contra o céu azul, folhas espalhadas no gramado e um pedacinho de mar, longe e também muito azul. Ouvi todo o Bach que havia na casa. Quando me dei conta fazia frio e já tinha anoitecido. Vesti o casaco, aquele velhinho, de malha, que você gostava. No próximo domingo, prometo, tomarei coragem para organizar as fotos da viagem e jogar no lixo o bilhete da tua despedida.
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