Não, eu não me incomodo de você dizer pra todo mundo que eu fui ingrato.
Por não te agradecer pela lanterna que dispensa o uso de pilhas; o espanta-mosquitos de ondas ultra ou infrasônicas (desculpe, eu nunca fui bom em física); os organizadores de gavetas, que nunca chegaram a separar as minhas cuecas das tuas; o cão de pelúcia que ressonava, teu presente de aniversário do nosso primeiro mês de namoro.
Porque nada daquilo preenchia o vazio, o buraco escuro que, desde o primeiro dia, a tua ausência pressentida cavava, com uma colherinha de chá, a minha solidão.
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