Machado responde uma semana depois. A carta publicada no jornal onde trabalhava é a própria crítica solicitada.
A introdução é sobre a incipiente e árdua tarefa da crítica literária, da qual era um precursor no Brasil. Esbraveja contra a futilidade e a vaidade dos contemporâneos e contra a malévola influência estrangeira.
É elegante nos elogios a Alencar. Ironiza sutilmente as adjetivações da descrição da Tijuca, pelo autor consagrado. Para não ficar atrás, também ilustra o texto com personagens e passagens mitológicas.
Elogia Castro Alves. Minimiza os senões e as imperfeições de Gonzaga, justificando-os com a pouca idade do autor. Vislumbra um futuro brilhante ao poeta.
Futuro esse que só se materializou postumamente. Um ano depois da visita a Alencar e Machado, Castro Alves fere o pé com um tiro, em uma caçada. A ferida agrava-se, até a amputação da perna (sem anestesia, segundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda). Seu estado de saúde é delicado, devido à fragilidade provocada pela amputação e pela tuberculose. Volta para a Bahia. Morre em 1871, com 24 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário