A pata virou a vilã da história-novela.
Tivesse canalizado o tino empresarial, o senso de oportunidade para os negócios lícitos do pato, teria se divorciado. Faria um concurso no tribunal. Venderia imóveis. Candidatar-se-ia à vaga do peixe na firma do Tio Patinhas.
Mas a ambição ilimitada foi sua perdição.
Certa que convenceria o marido pato a ser mais rico que o Tio Patinhas e o Bill Gates juntos, a pata armou. E se deu mal.
Com mil artifícios de sedução que só as patas conhecem - dança do ventre, ambiente aromatizado, luz indireta, música lounge, vinho chileno, depilação – a pata engambelou o pato. Fez com que ele bebesse todas. Depois, que assinasse uma procuração em branco. Transferindo a ela todos os bens a serem adquiridos com o último desejo. Inclusive a moedinha nº 1.
Foi pega em flagrante. Pela policia federal. Que investigava o enriquecimento do pato. Em conta-fantasma da pata na Suíça.
Com a boca na botija. Apareceu na tevê algemada. Escoltada por dois gansos marombados e de boné preto. Casaco tentando tapar o rosto. Sendo empurrada para dentro do camburão.
O fim natural da pata-heleninha, da pata-odete-roitman, da pata-georgina-dos-santos, da pata-flora foi o xilindró. Como não podia deixar de ser. Descabelada, gerenciando uma rede de comércio ilegal de cigarro picado e desodorante roll-on na carceragem.
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