segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

diário da paraíba - dia 4

Tomamos o café da manhã na pousada do toboágua. Carapibus e toda a região cresceram. Prédios,  pousadas, onde antes (há 5, 6 anos atrás era pedra e areia e umas poucas casas). Bom e ruim o progresso. Em Jacumã uma agência de terminais eletrônicos do Banco do Brasil quase pronta com o seguinte cartaz: "sem previsão para funcionamento".

Chuva na estrada para João Pessoa. Paramos na Estação Cabo Branco, uma maravilhosa exposição: O corpo na arte africana. Patrocinada pela Fiocruz. Montagem simples, textos claros, curtos e sintéticos, me esbaldei de fotografar, sem problemas.

Depois levei o amigo para compras no mercado de artesanato. Muitas lojas fechadas, porque era hora de almoço. Acho chato o lugar, tudo parecido, quase tudo industrializado. O único lugar em João Pessoa onde o freguês é atendido quase sempre de má vontade pelo comerciante. Exceção a uma senhora e seu discurso eloquente sobre a possível catástrofe provocada pela poluição e extinção das grandes nascentes - na Serra da Capivara!

Comprei meus poucos presentinhos (bolos de rolo) em uma das lojas de produtos do sertão, na rua do mercado, atendido por uma simpaticíssima vendedora.

Foi o dia da morte do cantor brega Reginaldo Rossi. Comoção geral em Pernambuco e na Paraíba, provavelmente em todo o Nordeste. A faxineira da Eudirce faltou o serviço em JP para ir ao velório, em Recife.

Seguimos em direção ao Bessa, à procura infrutífera das barracas - a do Golfinho. Eu tinha me esquecido que havia, da última vez que fui lá, um projeto para a retirada delas da orla. Depois do banho de mar (com muito sargaço), uma moqueca de camarão meia-boca, e cervejinha pra relaxar.

E a visita à Eudirce. Que nos recebeu, como sempre, muito bem Forte, cheia de vida, apesar das dores na coluna. Contou ao amigo sua história, como ressurgiu, após a grande crise, os estudos - supletivo, depois a Faculdade Dulcina, a pós-graduação e o projeto de mestrado abortado por causa da crise de artrose; a experiência em sala de aula, o constante apoio dos filhos, a volta para JP, as sincronicidades (ou sincronismos) da compra do apartamento maravilhoso. Deu pra gente ler um esboço de suas memórias e poemas, mostrou orgulhosa o álbum de formatura e uma toalha, que está bordando, trabalho dificílimo, cuja técnica ela resgatou dos aprendizados do colégio de freiras, em Campina Grande, há 50 anos atrás. Visita inesquecível. Com ela sempre aprendemos.

Volta tranquila, cansaço e tensão de ter dirigido tanto na cidade.


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