quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

diário de férias - carapibus e recife - dias 6 e 7

Acordei cedo depois da noite intercalada de sono e leituras. Para arrumar a mala. Poucas palavras na manhã de mau-humor. Café da manhã na pousada lotada, pois era domingo. Moscas pousadas em um bolo com cobertura de glacê branco e cor-de-rosa meio derretidas. Praia cheia e sol. Segunda vez no mar tranquilo de Carapibus. Os pregões bem-humorados dos picolezeiros: criança não paga, quem paga são os pais ou os avós. Criança que compra picolé tem direito a passeio de barco. Surreal o tal passeio: o vendedor de picolé leva o carrinho para dentro da água, até flutuar. Coloca a criança sobre ele e sai puxando.

Adolescentes sensualizados e olhares atravessados de pais e mães de família. Bebês vestidos com fraldas descartáveis. Filtro solar por causa do sol.

Juntamos o lixo, fechamos a casa, entregamos a chave ao filho do zelador do condomínio. Encomendamos uma faxina por R$ 50.

Viagem rápida e tranquila e sem paradas, até Recife. Caminho certo: conforme previsto, desembocamos na Agamenon Magalhães. Fácil também encontrar o hotel, pequeno, charmoso e confortável, agora em Boa Viagem.

Coincidentemente o almoço foi no mesmo self-service do primeiro dia. Com direito a brinde de caipiroska, pela indicação do hotel. Restaurante lotado.

Depois a feirinha de Boa Viagem. Muito parecida com a similar de Copacabana. No fim da tarde, caminhada pelo calçadão. Grande movimento das pessoas desmontando as barracas, recolhendo as cadeiras e guarda-sóis de aluguel. Gente bonita correndo ou caminhando. Maré alta, quase chegando à calçada. Muitos gays. E malas também. Não dava pra descuidar. Uma linda tarde.

Descanso no hotel.

E Anjo Solto, para o amigo ter uma noção da noite recifense. Ele queria mesmo era ir ao Ponto G, em Afogados, que eu tinha elogiado muito, pela peculiaridade. Vimos na internet, era um show de pagodeiros-sertanejos, convenci o amigo a desistir da ideia.

Não havia mesas no Anjo, sentamo-nos no mexicano contíguo. Música boa mas serviço péssimo. Caipirinhas. O amigo não gostou da tortilla morna. Mesmo assim fomos ficando. Acho que nossa tolerância mútua estava chegando no limite.

Acordamos de madrugada para embarcar às 06h00. Tudo tranquilo. Só um cara chato puxando conversa ao meu lado. Minha cara fechada bloqueou rapidamente o canal. O cara mudou de lugar. No final, ainda encrencou com o amigo por causa da mochila, que o amigo retirou do porta-bagagens. O cara encanou que a mochila do amigo era a dele.

Chegada em Brasília no horário. Ônibus executivo até o Setor Hoteleiro Norte, com direito a tour pela esplanada e papos grosseiros entre o motorista e o cobrador. Na hora de chamar o táxi, os créditos do meu celular PÓS PAGO, tinham acabado. Ódio mortal da Tim e do engabelamento do plano.

Fim das férias. A vida retomando o ritmo cotidiano.


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