domingo, 10 de abril de 2011

(do Livro dos Cacos)

O roxo pesa-me nos ombros.

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Da imagem que te vejo eu extraio cada átomo do que pode ser você. Eu te procuro em cada detalhe da cena. Atrás das máscaras. Nas flores dos arranjos. Nos parapeitos dos suicidas. Sem saber que você também é a máscara. O vaso. O vazio. Eu te construo em meu olho.

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A noite se fecha em torno. Chove gotas de sangue na janela.

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