VIII
dedos ágeis
aracne trama
a malha dos dias
em sangue
e amarelo
VII
a aurora
rompe o tecido da noite
vermelha
na torre mais alta
ressona
princesa nua
que o cavaleiro vela
a princesa não sabe
os rumos que o destino costura
nem o cavaleiro
a morte nos lábios dela
IX
a aranha tece
a lua olha
a tecedura emaranhada da aranha
entre rabiscos de galho
branca brilha longe
lâmpada fluorescente
anoitece
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