Domingo teve almoço de despedida do filho. Maravilhoso cozidão feito pelo competente, onipotente, onisciente e onipresente EG. Além de pai do homenageado, minha função restringiu-se a assessorar o chef. Assim me entreguei sem culpa ao prazer de Baco e energéticos. Mesmo tendo, ao final do dia, quase esgotado o conteúdo da ânfora, fui o único que não tombou. Às 9 da noite, inteiraço, enxuguei a louça e passei pano na cozinha, sem dizer a total ausência de ressaca no dia seguinte. Mas o post não é pra falar de bebedeira e comilança. A certa altura surgiu discussão sobre Norma Culta. Segundo EG, as Histórias Desagradáveis pecam por desacordo àquela Senhora. Justificou-se: não se tratava (!) de crítica. Citou Marcos Bagno. Contra-argumentei: hoje dona Norma anda mais liberal. Contracitei Houaiss. Ok, o papo de bebum acabou. Mas ficou a pulga atrás da orelha. Admito, conheço razoavelmente Dona Norma. Porém tenho dificuldades em lidar com algumas das suas regras, no mínimo arbitrárias. Pra resolver isso existe revisora. O primeiro impulso foi culpar a própria, mesmo tendo a coitada lido pelo menos 50 vezes os textos. Depois autoflagelei-me (!) por ter colado tanto nas provas de D. Zélia, professora de Língua Pátria do 2o. grau. Resolvi rever os textos. A primeira história nem é preciso dizer, é a fala de um garoto de 7 anos que ainda não aprendeu próclise, ênclise e mesóclise. As outras ainda não sei, ainda não cheguei lá. Tomara que sejam só erros de digitação. Se EG estiver certo, se as Histórias Desagradáveis assassinaram a gramática, nem pensarei duas vezes antes de queimar tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário