segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Leonardo
A gente ia pra balada mais tarde. A Bárbara mora na pequepê e tava sem carro. No caminho me pediu pra levar umas coisinhas porque a geladeira dela tava zerada. Comprei cigarro, Halls, um pacote de cerveja, energético e duas Schweppes Citrus. A Bárbara tava meio down, cheia de ideias, voltar pra faculdade, mudar-se pro Rio, pegar alguém, comprar carro, arranjar emprego, pedir aumento da mesada, esse tipo de coisa. Eu mesmo só queria tomar uma bala e dançar e me jogar na naite, sair daquela deprê da casa da Bárbara. Aí eu tava lá, deitado na cama da Bárbara, abraçado no ursão que eu dei pra ela no aniversário, assistindo novela pra fazer hora e a Bárbara falando dos projetos dela. Daí sem mais nem menos a Bárbara perguntou: Leozinho, vamos abrir um negócio? Eu tava totalmente desantenado e entendi errado: o que você prefere? A Schweppes Citrus ou o Redbull? A Bárbara caiu na gargalhada. Não, seu burro. Abrir um escritório. Aí fui eu que morri de rir: escritório de quê, Bárbara, a gente só sabe é beber e reclamar da vida! Aí eu joguei o ursão na cara dela, fui na cozinha, abri duas cervejas e dei pra ela uma: taí o único negócio que a gente tem condição de abrir. A Bárbara ficou pê da vida. Só se for você, porque eu sei fazer muita coisa, seu medíocre. E se não souber, eu aprendo! Eu sou barraqueiro quando eu quero. Medíocre? Medíocre era ela, que precisava de mim até pra arranjar namorado! Nem vou contar o resto, porque o baixou o nível geral. A Bárbara desistiu de sair, eu fui embora da casa dela batendo a porta. A gente só fez as pazes na outra sexta porque a Bárbara me ligou chamando, Leozinho, eu tenho duas cortesias pra Fever, na Scorpion hoje, bora nessa?
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