Nós estávamos puros. Do chão, paredes, teto negros brevíssimas rajadas de luz nos ultrapassavam. Nós nos misturando, separando-nos, enjoados pelo super-excitante, pelo centrífugo, pela velocidade. Como corujas cruzando o ar em vôos cegos os sons perpassavam os nossos ouvidos e se espatifavam nas paredes internas dos nossos crânios. Que saudade ancestral nos manteve dentro, e vivos?
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Nós somos sós... e os sóis são tantos...
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O ritmo da noite tinha sido de rito. Uma tribo secreta reunida. Dança, transe, orgia, sacrifício, sabá, selvageria, morbidez e morte.
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Cheirando a cinza e carne adormecida amanheceu um dia no futuro.
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