terça-feira, 6 de maio de 2014

diário cinematográfico

Assisti hoje ao Jardim Atlântico, filme nacional de Jura Capela, com Sylvia Prado, Mariano Mattos e outros. Apelidaram o filme de musical por causa da presença e performance de competentes instrumentistas e cantoras da nova geração em grande parte da fita.

Filme experimental (!?) com imagens fortes: as tomadas submarinas do início, o minotauro emergindo da carcaça do navio naufragado, o Jardim Botânico, o erotizado carnaval de Olinda, etc. 

Porém, a certa altura, lá pela metade, comecei a bocejar. Motivo: o filme padece de dois males incuráveis de grande parte da produção nacional. Falta trabalho de ator e esmero nos diálogos. 

...

Lindo o Cine Brasília reformado. Som estéreo, ar condicionado, escadaria vermelha, tela nova, poltronas confortáveis, cadeiras de design no hall (no lugar dos incômodos, porém exóticos praticáveis hexagonais recobertos por carpete marrom), torneiras e bancadas tinindo nos banheiros, etc. 

Como nos velhos tempos: na sessão das 15 horas, o luxo daquela sala enorme só para mim e para a amiga gueixa.  

...


Ontem a pasmaceira foi geral. Liguei a TV cedo para terminar de ver o filme iniciado na noite anterior e não desliguei mais. Saldo: um filme bacaninha sobre a vida das esposas de Malcolm X e Martin Luther King, um documentário sobre o projeto dos irmãos Roberto, não selecionado para a construção de Brasília, um romance-suspense-idiota inglês dos anos 80 com um galã gostoso protagonizando cenas picantes de sexo hetero com uma loira platinada e, para completar, uma ficção muito mal arranjada mas eletrizante sobre o final do mundo que não aconteceu em 2012.

...

Ao contrário da pasmaceira de ontem, o dia hoje foi intenso: marquei consulta com o dentista, visita do marceneiro e encomenda de projeto de puxadinho para o arquiteto; reservei vaga em um curso e um seminário; li mais de 20 páginas dos livros de cabeceira, postagens e e-mails de amigos; escrevi este e outro texto; escovei a gata; listei os afazeres da semana; coloquei o lixo na rua; fiz um brainstorm frutífero para o projeto das possíveis novas publicações; fui ao cinema, e lanchei com a amiga, como descrito nos parágrafos acima; e até agora não liguei a TV.


...

Já com relação aos temas afetivos, parodiando príncipe brother: há algo de indecifrável pairando no ar do reino da Dinamarca.

Nenhum comentário: