sábado, 3 de maio de 2014

diário da dor de cotovelo

Com pouca ou nenhuma vontade de escrever. Me esforçando. Mais ou menos. Debruçado na autópsia de um texto-imagem pronto, das antigas, meio nonsense, meio difícil de ressuscitar. Daqueles textos que só publicando para desapegar de vez.

Aliás, o projeto seria grandioso se a vontade permitisse. 3 livros de uma vez só: esse da autópsia; o dos Cacos; e um de fotografias. Que as musas intervenham.

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Helena foi localizada (para quem não sabe, o volume 3 da obra completa de Machado, esquecida na sede da Receita Federal). Quem localizou foi uma simpática e prestativa funcionária da segurança. Não satisfeita em não encontrar o dito cujo nos achados e perdidos, a moça perquiriu em todos os guichês de atendimento. Acabou por encontrar. No fundo da gaveta. De um dentre as dezenas de atendentes. Meu sorriso de regozijo ao receber o livro iluminou o lugar. A moça retribuiu o sorriso com a mesma intensidade. Sintonias espontâneas & ocasionais. Eternamente grato.

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Parei parte em que o pai de Helena revela o mistério implacável e cruel ao imaturo Estácio. Machado arrasa. Para sempre.

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Vi ontem o filme Yves Saint Laurent. Bonzinho, sim. Mas não me pegou. Parecia filme de encomenda. Apesar do maravilhoso & glamouroso do mundo da moda parisiense e da genialidade indubitável da personagem. Anti-herói, pra mim, tem que ser mesmo muito radical.

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Preparando com todo cuidado & delicadeza o prato para o almoço de amanhã. Com amigos queridos, frequentes, constantes. Os de sempre. Faltam ainda as folhas da salada e as rosas. Muitas rosas amarelas.

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Ouvindo Tracy Capmann de um tempo que felizmente não retornará. Ouvindo rock’n’roll pedrada eterno na Kiss FM. Ouvindo clássicos selecionados anunciados pela voz fantasmagórica de Mário Garófalo.

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Questões contemporâneas: é possível discutir relação afetiva quase sólida com a troca de 4 frases no whatsapp?

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Só mesmo recorrendo a Macalé em horas de sofrimento insuportável: é impossível levar um barco sem temporais e suportar a vida como um momento além do cais.

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Desculpem, leitores, o sentimentalismo & as inevitáveis rimas adjetivas & adverbiais.

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End game again?

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Reset and restart.

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