quarta-feira, 28 de maio de 2014

diário das palavras-imagens

Atônito diante da esfinge. Dancei com lobisomens. Entre parêntesis. Os dióscuros. Neblina. Calabouço. Ossos.

...

As palavras ocas. Zumbidos. A areia do deserto nos meus olhos. Travessia do Letes. Cérbero. Morcegos-lâminas entre os dentes. No oco do crânio. Vermes.

...

A flor negra da morte em Baudelaire & Augusto dos Anjos. O beijo, amigo, é a véspera do escarro.

...


Ruem os pilares que sustentam as abóbadas dos meus dentros. Rugem o mar, a besta tricórnea, a tempestade de granizo.

...

A lentidão das horas. As palavras imprecisas. O fogo-fátuo das ideias. Haverá mesmo alma?

...

O príncipe imerso. O jorro dos vulcões-falos. No aquário das almas-anêmonas.

...

Sangria.

...
 
Escuridão.

..

Silêncio.









Nenhum comentário: