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Sofia Giordano Clerc, Elefante indiano, litografia, 1827 |
Para os que precisam viajar em elefante, há diversos modos e subir para o animal. A escada, que constitui o processo mais simples e fácil, seria considerada aviltante no Extremo Oriente e preferem-lhe métodos mais arriscados. Se o mahut
ensinou o elefante a pôr-se de joelhos, vai tudo muito bem: o viajante pousa o pé numa das patas dianteiras, agarra-se à orelha e sobe pelo pescoço do animal utilizando sua coleira. Porém os mahuts
nem sempre gostam de obrigar os seus protegidos a ajoelhar, tratando-se de operação que exige grande esforço de tão volumosas criaturas. Em vez disso ensinam o elefante a oferecer ao passageiro dois estribos, um com a pata da frente erguida, outro com a tromba arrebitada. Esse método é um tanto cansativo para as pessoas corpulentas ou idosas. Também se pode recorrer ao uso combinado de uma das patas traseiras e do rabo para que a pessoa se guinda, ou deixar-se levantar pela tromba para ser depositada na cabeça do animal. Em geral a maioria das pessoas acha agora mais seguro e também mais rápido viajar de trem, o que não é de admirar. (Richard Carrington, Os Elefantes, 1963)
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