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Cena do filme Água para Elefantes |
O estudo do sono dos elefantes ocupa uma parte importante da monografia de Benedict. Suas pesquisas foram realizadas na América em certo número de elefantes de circo, e especialmente numa fêmea asiática chamada Jap. (...) Benedict fez uma primeira série de observações durante o dia e nunca viu Jap dormir, à exceção de um ligeiro sono que ela fazia, de vez em quando, de pé. Assim dormitando mostrava a tromba pendente, com a ponta pousada no chão, levemente curva, de olhos fechados e sem nenhum movimento perceptível do corpo. As observações foram feitas durante as 24 horas seguidas, e prolongaram-se por 9 dias sem interrupção. Na primeira noite Jap pareceu incomodada pela luz e pela presença de observadores na sua baia, e teve apenas um sono muito curto, de pé, às 03h40 da manhã. Todavia na segunda noite, aos 30 minutos da madrugada, fez as delícias, deitando-se, dos que a observavam. Adormeceu imediatamente, e hora e meia depois começou a roncar, provocando ainda maior entusiasmo. Às 2h20 acordou e pôs-se de pé, mas para de novo se deitar às 3h58 e tornar a adormecer. Desta vez fustigou o chão com o rabo durante vários minutos, mas não tardou a serenar pondo-se a respirar dificilmente. Por fim acordou às 6h, com a sua cota de sono para essa noite. (...) Este número provando que os elefantes podem gozar de perfeita saúde com bem pouco sono. (Richard Carrington, Os Elefantes, 1963).
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