quarta-feira, 30 de novembro de 2011

escritos arqueológicos parte 7

Eu te amo pelo que você é e não sabe.
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O impulso para o outro é impreciso. Eu me lanço às cegas, aos solavancos, tateio no escuro, sigo, volto, hesito, vou, paro. Seguro as chaves do proibido e não sei onde usá-las. 
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Predestinado a quê? A possuir a inutilidade? A nulidade? A sequência entre o tempo presente e o tempo futuro? Será necessário descer do pedestal e me atirar, águia, pomba, anjo, harpia, abutre - asas de cera derretendo-se com o calor do sol.
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Porém o agora é difuso e nebuloso. O caos de dentro refletido fora. Erupção, nuvem de cinza e enxofre, lava, fezes, vômito. Quando renascerão as fênix?
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Serei terrível. A mão direita a trucidar e a esquerda a redimir. 
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O cavalo corre no campo de girassóis. Os demônios, os deuses do sonho. Gerar-se e se enterrar a cada novo segundo. O medo habita a dúvida.
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Ansioso por não conseguir dar nomes às novas sensações: o escrito aquém da verdade. Aprenderei humildade, paciência e resignação?

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