resgatando o gosto do teu beijo na saliva das madalenas / sentindo o cheiro da chuva no teu hálito / me arrepiando com os vazios da tua presença / arrepelando as frases recorrentes & repetitivas & dramáticas em demasia / espalhando ratoeiras para capturar ilusões subreptícias / exterminando a praga dos enganos
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afofando os travesseiros para o sono eterno / flagelando os tríceps e os peitorais para tirar a camisa na festança do juízo final / recapitulando o sofrimento dos mártires & aprendendo a resistir às tentações / apertando a fivela do cilício & afiando as pontas anavalhadas do azorrague / ajoelhando em cacos de vidro / depurando sadismo & masoquismo aos pés do altar
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te despindo com o olhar em chamas / lambendo a carne sagrada do teu sexo / escalando o torreão incandescente do desejo à unha / ansiando por teu corpo nu & pregadinho ao meu / depilando as portas do teu templo-corpo com a minha bestialidade / acumulando dízimos & prodigalizando a eternidade instantânea dos orgasmos
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