terça-feira, 18 de setembro de 2012

relação aberta (le beau de jour)

Eu admito, a frase “quebrei, por puro ciúme, o vaso de rosas vermelhas sobre a mesa-de-centro”, do último texto, é desnecessária, pernóstica e desprovida de conteúdo, além de pequeno-burguesa, como diria o blogueiro socialista da velha-guarda que você citou. Mas o que você escreveria depois de descobrir que o cara que te acorda todo dia com um “eu te amo”, seguido do beijo mais apaixonado – é o mesmo que à tarde frequenta saunas sexuais, sessões duplas de cinema pornô, banheiros públicos, acompanhantes-massagistas, bancos de passageiro de carros ocasionais e camas de hotel de quinta-categoria?

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