Rômulo e Remo mamando na loba. Imagem da wikipedia. |
Na vida de Rômulo, Plutarco menciona várias versões sobre a fundação de Roma. A do rei Tarquécio e a dos irmãos Amúlio e Numitor são as minhas preferidas. O motivo? não passarem de fábulas e contos recreativos, onde não há nenhuma verossimilitude. O início das duas é idêntico (mudam os nomes dos personagens). A segunda história acrescenta o desfecho da primeira. Por isso tomei a licença poética de juntá-las.
...
Era uma vez um rei cruel chamado Tarquécio. Certo dia apareceu no palácio uma forma de membro viril que ficou por ali, de bobeira, por vários dias. Parecia inofensivo, mas incomodava sobremaneira quando roçava em Tarquécio. Foi então o rei consultar o oráculo. Era um falo milagroso. A princesa transaria com ele. Geraria um filho valente e famoso que superaria todos de seu tempo.
Tarquécio obrigou a filha a ficar com monstruoso membro viril. Ou a cantada do falo era ruim ou não rolou química entre eles. A moça não estava a fim e pronto. Mandou uma serviçal representá-la. Tarquécio ficou pê da vida. Prendeu a filha e a empregada na torre mais alta do castelo e condenou-as à morte.
À noite, Vesta (deusa do fogo dos lares) apareceu em sonho a Tarquécio. Proibiu-o de matar as moças.
Tarquécio era mesmo muito malvado. Enganou a deusa. Determinou que as moças fossem libertadas com a condição de lhe tecerem um manto. As bobinhas acreditaram. Teciam o dia inteiro. Mas enquanto dormiam o serviço era desfeito por outras tecelãs, sob ordem de Tarquécio.
9 meses depois a criada deu à luz gêmeos. Filhos do membro viril sobrenatural. Tarquécio arrancou os bebês do peito da mãe. Entregou-os ao empregado Terácio, para que este os matasse. Terácio teve pena dos meninos. Abandonou-os à margem do rio Tibre. Onde uma loba e pássaros os alimentaram.
Passava pelo local um boiadeiro. O boiadeiro ficou maravilhado com a cena. Aproximou-se. Carregou consigo os meninos.
(continua amanhã)
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