Picanço barateiro. Guache. http://historiasalapis.blogspot.com.br |
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Amúlio e Numitor eram descendentes do conhecidíssimo rei troiano Enéias. Herdaram um reino e certa quantia de ouro e dinheiro. Amúlio era malandro. Na divisão, ficou com o ouro e o dinheiro. Numitor com o reino. Com dinheiro e ouro Amúlio equipou um exército e conquistou o reino de Numitor.
Para garantir que a descendência do rei deposto não vingasse, Amúlio enviou a única filha de Numitor, chamada Reia Sílvia, para ser freira-sacerdotisa no templo-convento das Vestais. Não se sabe como (terá sido o caralho voador da primeira história?) Reia Sílvia engravidou.
Foi condenada à morte por isso (as sacerdotisas de Vesta eram virgens). Mas a prima Anto (filha de Amúlio) intercedeu. Escondeu a grávida em uma torre inacessível.
Quando nasceram os gêmeos maravilhosamente belos e grandes, Amúlio fez igual à madrasta de Branca de Neve. Entregou os meninos para o capataz matar. Exigiu que lhes arrancassem os coraçõezinhos e os trouxesse como prova do assassinato.
O capataz ficou com dó. Ajeitou os bebês em uma tina e jogou no rio. A tina flutuou na correnteza até encalhar. Ao invés dos 7 anões, uma loba encontrou e amamentou os pimpolhos. Um picanço colocava migalhas nas boquinhas deles.
Um porqueiro (vaqueiro na história anterior) encontrou e recolheu e adotou os gêmeos.
A mulher do porqueiro chamava-se Larência. Era daquelas profissionais que abandonam o corpo a todos os que aparecem, sob remuneração. Larência e o porqueiro criaram os meninos como se fossem seus filhos. Batizaram-nos Rômulo e Remo. Deram-lhe educação. Ensinaram-lhes todas as outras coisas honestas que se constuma mandar ensinar às crianças de boa e nobre casa.
(continua amanhã)
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