Raios de sol atravessam a cúpula e cintilam nas gotas d’água entre as folhagens.
A espessura da umidade engole os sons.
Basta um ofegar mais forte e brotam no ar mariposas, morcegos, colibris.
Sob os pés a serpente líquida alimenta-se dos barrancos.
Cabeleiras verde-escuras ondulam na correnteza. Insetos carregados de ovos emergem.
Pedras-lâminas escorregadias afiam-se na carne.
Vestes pútridas do caos-origem. Vísceras da mãe nojenta.
Estarei irreconhecível. Como a água o será quando desembocar no oceano.
A transubstanciação me inundará de água salgada e areia.
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