sexta-feira, 4 de março de 2011

O Álex

Pra mim só cai pergunta difícil. Inteligência ou bom senso? Veja bem. Cada qual tem seu momento. Ok. Vamos por partes. Primeiro: você já deve ter percebido. Eu a-do-ro falar. Segundo: aconteceu de verdade. Terceiro: eu de-tes-to deixar as coisas inacabadas. Quarto: eu me esforçarei ao máximo para resumir sem cortar. Senão perde a graça, né? Quinto: só nesse preâmbulo já se passou 1 minuto. Bom. Conheci o Álex na internet. Superlegal. Cada foto mais linda que a outra. 20 e poucos. Pouco mais novo que eu. Versátil. Solteiro. A fim de conhecer pessoas legais para amizade ou quem sabe algo mais. A única coisa que pegava era a corrente de prata. E a separação recente. Marcamos no café. Só faltou puxar a cadeira para eu me sentar. E o principal: resolvido financeiramente. Porque me dá nos nervos essa história de ligação a cobrar. De faltar crédito para responder mensagem. De pagar a conta sozinho. Etcétera. O Álex era  cara metade. O par do vaso. O cravo para minha rosa. O genro que mamãe pediu a deus. Inteligência e bom senso nessa hora? Passaram longe. Você há de convir. Amor à primeira vista hoje? Nem em telenovela. Pois eu me apaixonei pelo Álex. Não da primeira vez. Foi lá pelo segundo. No terceiro encontro. Bem. Qualquer biba, por mais imbecil que seja, tem discernimento pra saber que um cara separado há só 2 meses e com perfil em site de relacionamento está a fim de aprontar. Eu crente que o Álex também tinha se apaixonado por mim! Até reza para ficar com o Álex eu decorei. Tem aquele ditado. Deus escreve torto por linhas retas. Pois é. Mesmo com a reza forte o Álex não era para ser meu. A Rosa, que deus a tenha em bom lugar, tinha razão. Bicha burra nasce morta. Rosa? depois eu digo. Pois o idiota aqui ligava. Mandava mensagem melosa. Toda hora. Do trabalho. Da rua. Do engarrafamento. Me sentindo tipo adolescente. O Álex dava corda. Respondia a todas. Educadérrimo. Foi a partir daquela que eu dizia, vê se pode! - que eu queria ele para sempre. O Álex tirou o corpo fora. Na certa pensou: Que biba ansiosa! Primeiro foi no fim-de-semana. A gente tinha ficado junto na sexta. Bebido todas. Deixei o Álex em casa às 6 da manhã. A gente combinou de se ver mais tarde. Claro que ele não ligou. Você há de convir que, por mais cega e embotada que a biba esteja, o sexto sentido dela não desliga. Percebi. Tarde, mas pecebi. Tinha algo errado. O Álex não ligou no sábado. A biba aqui então usou a cabeça. Inteligência? Talvez. Melhor bom senso. Ou senso de ridículo. Liguei só no domingo à tarde. E aí, Álex, ainda de ressaca? porque eu já disse, a gente tinha bebido demais. O Álex justificou o sumiço: a mãe tinha chegado de Goiânia. O quê? Já passou 1 minuto além do tempo? Dá para imaginar o resto, né? Se eu for selecionado eu conto o resto. Pode?

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