Ela, deitada, pensa o mesmo que eu. Sucumbe à melancolia da tarde. Faltam palavras para descrever sua descida. A música acaba. Silêncio. Então ela fala. Eu me levanto sem acender a luz. Inchado de álcool e solidão. Aproximo-me dela. Ela não resiste. Como uma morta. O escuro e meu corpo iluminados pela fosforescência dela. Pela chama azul dos olhos dela. Desisto de falar sobre a morte, gorda, rosada, a nos espreitar no lusco-fusco.
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