Porém, como cantava o sambista, nem tudo é eterno. O aviãozinho engrinaldado do casamento de Chiquinho e Francisquinho embicou para a primeira zona de turbulência. Quando viram as nuvens cinzentas no horizonte era tarde. Não havia mais como virar o manche. As rosas murcharam. Gotas de chuva respingaram no parabrisas. No rosto de Francisquinho. Como lágrimas.
A palavra “privacidade” foi pronunciada pela primeira vez. Por Chiquinho. Logo no café da manhã. O iogurte de Francisquinho azedou na hora. As gravatas não combinaram com o terno. Passou da hora de sair. Pegaram engarrafamento. Quase bateram na traseira do ônibus. Francisquinho perdeu o fio da meada na reunião. Cancelaram o happy hour. Chiquinho matou aula para beber sozinho no boteco em frente à faculdade.
A amiga de Chiquinho sugeriu terapia de casal. O chefe de Francisquinho, florais. Francisquinho dormiria na sala. Comprariam camas de solteiro. Cancelariam o pacote de carnaval no Caribe. Conversaram. Por fim, tantas decisões e nenhuma conclusão, Chiquinho consolou Francisquinho: Faziam tempestade de copo d’água.
Entre um abraço e outro. Jura de amor e promessa de mudança. Namoraram até o dia raiar.
Entre um abraço e outro. Jura de amor e promessa de mudança. Namoraram até o dia raiar.
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