Z ia encontrar S. Caminhando distraído na calçada mal iluminada. Entre o estacionamento e o bar. Pensava nas possibilidades que se descortinavam.
Eis que surge, de surpresa, do nada, atravessado no caminho, insólito, rígido, um galho. De árvore mal plantada, mal localizada, mal podada, mal amada. Exatamente à altura da testa de Z.
Fatal a lei de atração dos corpos. O galho atraiu a testa. A testa dispersa foi atraída pelo galho. A testa e o galho chocaram-se. Com força. Força proporcional à pressa. À pontualidade de Z.
Doeu horrores. Z engoliu o palavrão. Levou a mão ao galo. Sangrava. Pouco, mas sangrava. Logo Z, que queria demonstrar a S ser uma pessoa desenvolta, centrada, equilibrada, bem sucedida. Como explicar o galo logo no primeiro encontro?
Ainda pensou em voltar para casa, fazer curativo. Não daria tempo. Relaxasse. Podia ser até o mote para quebrar o gelo inicial.
Às 20h em ponto Z sentou-se na mesa mais visível do bar. Pediu refrigerante. Guardanapos para estancar o sangue. 1 hora após o combinado e 3 garrafas de refrigerante bebidas, S ligou.
Não poderia ir ao encontro. Precisava pagar umas contas.
Àquela hora da noite? Pelo menos inventasse desculpa mais plausível. Mais criativa.S ainda teve a cara de pau de sugerir outro encontro. Z foi educado. Concordou. Porém deixou em aberto. Qualquer dia desses. Cujo sentido subentendido era: no dia de São Nunca. Deletou o contato no celular.
Z pediu uma super cafta extra para compensar a frustração. Feita com muita carne vermelha moída. Grelhada com muita manteiga. Coberta com muita batata e uma camada de 2 centímetros de espessura de mozarela derretida.
Voltou pelo mesmo caminho. Estufado como um baiacu. Ébrio de refrigerante. Doido para urinar. Já tinha até se esquecido do bolo, do galo. Lembrou de Pollyanna: as coisas poderiam ser piores do que eram.
Sentiu pena de S, coitado, tão ocupado, só a 5a feira à noite para pagar contas. Pensou até em ligar para S. Quem sabe combinar o encontro? Quem sabe acertariam os ponteiros? Quem sabe não estaria desperdiçando o romance da década por orgulho bobo? Um mero bolo?
Z já tirava o celular do bolso pra tentar recuperar o nome de S dos contatos quando veio o castigo. Implacável. Para deixar de ser besta. Bateu a testa no mesmo galho do início da história. Com a mesma força. A mesma violência. Só que, óbvio, do outro lado. Duas cicatrizes simétricas em menos de duas horas.
Em casa, borrifou água boricada nos machucados. Conectou-se ao site. S estava on-line. Já devia ter pago as contas. Z ignorou. Solenemente. Controlou a carência. De companhia. De carinho. De sexo fast-food. Desconectou. Ligou a TV. Desligou.
Nem meia-noite. 5ª feira. Sem sono. Sem vontade de ficar em casa.
Ligou para Pollyanna. Que também estava solteira. Sem sono. A fim de sair. Contou o mico, hilário, a primeira, a segunda pancada. Se estivesse bêbado tu desmaiava, e dormia por lá mesmo.
Foram para a farra. Voltaram para casa pouco antes da 6a feira nascer. Pollyanna ao volante. Z, os galos e o enfermeiro Júnior abraçadinhos no banco de trás.
Júnior? Presente concedido pelos deuses a Z, em plena balada. Para cuidar dos galos.
Fatal a lei de atração dos corpos. O galho atraiu a testa. A testa dispersa foi atraída pelo galho. A testa e o galho chocaram-se. Com força. Força proporcional à pressa. À pontualidade de Z.
Doeu horrores. Z engoliu o palavrão. Levou a mão ao galo. Sangrava. Pouco, mas sangrava. Logo Z, que queria demonstrar a S ser uma pessoa desenvolta, centrada, equilibrada, bem sucedida. Como explicar o galo logo no primeiro encontro?
Ainda pensou em voltar para casa, fazer curativo. Não daria tempo. Relaxasse. Podia ser até o mote para quebrar o gelo inicial.
Às 20h em ponto Z sentou-se na mesa mais visível do bar. Pediu refrigerante. Guardanapos para estancar o sangue. 1 hora após o combinado e 3 garrafas de refrigerante bebidas, S ligou.
Não poderia ir ao encontro. Precisava pagar umas contas.
Àquela hora da noite? Pelo menos inventasse desculpa mais plausível. Mais criativa.S ainda teve a cara de pau de sugerir outro encontro. Z foi educado. Concordou. Porém deixou em aberto. Qualquer dia desses. Cujo sentido subentendido era: no dia de São Nunca. Deletou o contato no celular.
Z pediu uma super cafta extra para compensar a frustração. Feita com muita carne vermelha moída. Grelhada com muita manteiga. Coberta com muita batata e uma camada de 2 centímetros de espessura de mozarela derretida.
Voltou pelo mesmo caminho. Estufado como um baiacu. Ébrio de refrigerante. Doido para urinar. Já tinha até se esquecido do bolo, do galo. Lembrou de Pollyanna: as coisas poderiam ser piores do que eram.
Sentiu pena de S, coitado, tão ocupado, só a 5a feira à noite para pagar contas. Pensou até em ligar para S. Quem sabe combinar o encontro? Quem sabe acertariam os ponteiros? Quem sabe não estaria desperdiçando o romance da década por orgulho bobo? Um mero bolo?
Z já tirava o celular do bolso pra tentar recuperar o nome de S dos contatos quando veio o castigo. Implacável. Para deixar de ser besta. Bateu a testa no mesmo galho do início da história. Com a mesma força. A mesma violência. Só que, óbvio, do outro lado. Duas cicatrizes simétricas em menos de duas horas.
Em casa, borrifou água boricada nos machucados. Conectou-se ao site. S estava on-line. Já devia ter pago as contas. Z ignorou. Solenemente. Controlou a carência. De companhia. De carinho. De sexo fast-food. Desconectou. Ligou a TV. Desligou.
Nem meia-noite. 5ª feira. Sem sono. Sem vontade de ficar em casa.
Ligou para Pollyanna. Que também estava solteira. Sem sono. A fim de sair. Contou o mico, hilário, a primeira, a segunda pancada. Se estivesse bêbado tu desmaiava, e dormia por lá mesmo.
Foram para a farra. Voltaram para casa pouco antes da 6a feira nascer. Pollyanna ao volante. Z, os galos e o enfermeiro Júnior abraçadinhos no banco de trás.
Júnior? Presente concedido pelos deuses a Z, em plena balada. Para cuidar dos galos.
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