Francisquinho reprogramou-se. Com o apoio de Chiquinho. Além de cuidar de Bob, poderia ocupar-se no feriado. No clube. No parque. No telefone. Na feira de orquídeas. Assistir TV a cabo. DVDs. Tirar o atraso do sono. Almoçar no shopping. Cineminha. Lanchar na creperia. Pizza com Lalá, Lelé e Lili, as colegas do trabalho. Quem sabe a matinê da Yellow. O bate-estaca da Dreepsy.
Chiquinho jurou de novo fidelidade e amor eternos. Tinha até pensado em desistir do passeio – ato falho!, do ensaio – mas não podia, a apresentação marcada para os próximos dias. Disse que sentiria saudades. Advertiu Francisquinho para comportar-se. Para não dar mole a ninguém na boate. Para esperar por ele.
A noite foi de chamego e carinhos. Francisquinho fingiu não ter visto a mancha roxa no ombro de Chiquinho. No pescoço. Coitado, a pele sensível, deve ter batido em algum lugar. Até o interfone tocar, de madrugada, antes das 8. Francisquinho não resistiu. Olhou pela janela Chiquinho entrando no carro. Provavelmente o carrão do professor orientador.
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